"Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segunda a tua vontade!" (Lc 1,38)
[Formação sobre Mariologia]
Nos
dias 10 e 11 de agosto tivemos a oportunidade de um intenso estudo sobre
Mariologia, tendo como assessor Fr. Paulo Moura,O.Carm. (Província Pernambucana).
Pôde-se delinear a visão de Maria como nossa mãe e companheira na fé, isto por
meio dos dados que recebemos historicamente pela tradição e pela nossa fé nos
relatos bíblicos.
Pelos
dogmas que fazem parte da divina revelação percebemos a humanidade de Maria, e
nessa condição, foi que ela acolheu Deus, pela
encarnação. Sendo aquela que ouviu e meditou a Palavra, foi quem
praticou conforme o projeto dos Céus, tornando-se a perfeita discípula.
O fato
de ser a Mãe de Deus (Theotókos), faz com que Jesus recebesse uma substância
como a nossa, superando qualquer dualismo.É Deus na humanidade concreta e na
história, marcado pelo nascimento e morte, não deixando de ser Ele
transcendente.
O que
de fato ressalva, é conforme nos diz o Vaticano II: que a maternidade de Maria
é a tradução da vocação da humanidade, nossa entrega a Deus. Esta mulher não se
tornou deusa, nem entrou na Trindade,mas se fez mediadora e assume o papel de
Igreja. Seu papel foi ativo, foi a mediadora, como posto pela tradição popular
no processo da salvação que ocorreu por meio de Cristo.
Igreja
e Maria traduzem-se em mãe, que nos acolhe na comunidade dos batizados, para sermos
testemunhas de Cristo e buscarmos o bem, e principalmente como mostra os
Evangelhos e os principais documentos da Igreja, termos opção pelos pobres. Haja
vista, que a vocação de Maria só pode ser compreendida no contexto Cristológico.
Não distante, os reformados aceitam a maternidade; esta compreendida em relação
a Jesus.
Quanto
a Virgindade, depois de variações, tem dito que permaneceu incorrupta e sem
mancha a integridade corporal de Maria. E dando um salto maior, sabe-se que o
que importa não é o fato biológico, mas o símbolo do novo começo realizado por
Deus em Cristo. Percebendo pelos relatos bíblicos e tendo a nova criação no
Espírito, a salvação do povo das opressões e por fim a consagração a Deus.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMGXBFYFsSpzIkS2vlSav8edCyfZY3akrpAV5hf17jZm1q5qV5nTKgROh1KzX86NbiXhMKCXVxVmGRVYwfi1wGF-p4lBDyJa7A3i2e91ktM0S1ctdIdN6ciJPanvT-bW5qiyo1Sa1O3U53/s200/maria_povo.jpg)
Compreendendo
a Assunção, vinda de uma antiga tradição da Igreja oriental, temos menção da
totalidade humana da mãe de Jesus – corpo e alma. Por isso, festa esta
conhecida como a “dormição” de Nossa Senhora, quando ela deixa este mundo e é
dirigida ao céu; pois o sentido encontrado no fato de quem crê, a morte jamais
será um fim.
O fato
de Deus ser três pessoas em um só ser, foi guardado por Maria, e é mistério o que não nos cabe delinear
palavras para justificar ou tentar convencer algo que é vivido e experimentado
pela fé.
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