PRESENÇA DE DOM VITAL WILDERINK, O.C.
Recebemos no dia 5 de maio, a visita de D. Vital, este que
vive no Eremitério santo Elias no Estado do RJ. Na oportunidade o mesmo nos
contou sobre sua história e seu período de noviciado. O mesmo que veio ao Brasil com 13 anos, fez o
noviciado em Mogi das Cruzes - SP no inicio da década de 50. Falou-nos também
sobre o Concílio II e decorreu sobre sua formação e trabalho. Contou-nos de sua
decisão de fazer a experiência mais contemplativa da qual vive a 14 anos.
Mas o que nos vale são suas palavras ao nos mostrar que
viver a contemplação não é viver isolado, mas na solidão palavra esta que
possui a mesma raiz de solidariedade. Mostrando que o espaço do qual ele vive é
fonte de relação com Deus e com a humanidade. Ao escuta-lo nos enriquecemos ao saber que a experiência do
eremitério é buscar viver no seguimento de Cristo.
Falou-nos sobre o chamado e sobre a vocação que se dá dentro
da existência, ou seja, existir a partir. Quando nos fala desse existir a
partir, é sinônimo de viver mediante uma realidade, por isso nos questionou e
impulsionou a refletir e discernir sobre os sinais dos tempos. E neste refletir
devemos perceber que não é auto-realização, não é necessidade ou outro motivo
que deve nos impulsionar a viver na vida religiosa, mas sim o de seguir a
Cristo e seu projeto.
Pois da mesma forma que o Concilio Vaticano II instigava a
Igreja ao discernimento da realidade, D. Vital fez o mesmo conosco, mostrando
que é fundamental o diálogo conosco mesmo e com a sociedade, com o que a
realidade nos pede atualmente. E isto é viver a espiritualidade.
Mostrando que a espiritualidade carmelita é uma fonte para
se viver, percebemos que da mesma forma que Deus se apresenta a Elias na brisa
leve, a nós também nos fala na calma e não no barulho, por isso não é viver no
silêncio o mais importante, mas sim compreender e viver no silêncio da vida,
isto é, compreender o que a realidade e Deus nos pede, e dessa forma viver realmente no seguimento de Cristo.
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