CONSTITUIÇÕES DA ORDEM DOS IRMÃOS DA BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA DO MONTE CARMELO
Nesta semana fomos enriquecidos
com a presença de fr. Paulo Goullart, O. Carm.. Na ocasião veio nos falar sobre
as constituições, porém não de forma sistemática e formalista, mas com
profundidade espiritual e teológica, além dos relatos pessoais que o mesmo
passou durante a revisão e reformulações de três (1971, 1983,1995) a luz do pós
Concílio Vaticano II.
Sabendo que a base legislativa é
a Regra, nas constituições compreendemos que o Carisma do Carmo perpassa em
três elementos Contemplação, Fraternidade e Profecia, que em tempos uma se
resalva e o mesmo em determinado local mediante as especificas características.
Porém em todos se tem Elias como
exemplo e Maria como ponto de convergência. Compreendendo as origens dos
carmelitas sem suas maiores pretensões o surgimento das Constituições deve-se a
necessidades de organização e limites, isto em determinado tempo, pois mediante
as novidades fazem necessárias reformulações.
O Carmelo que tem como fundamento
a Palavra, é composto por pessoas que se colocam ao serviço de Deus. Sabendo
que já na origem da Ordem houve aprovação da Regrade Vida e suas afirmações, temos
a 1° constituição no ano de 1256 (período do êxodo para Europa), sendo no sec.
XVII que estas recebem aspecto mais jurídico. E em especial após o Vaticano II
é pedido não somente os aspectos jurídicos, mas também os espirituais.
Portanto percebemos que a Regra
do Carmo é espelho da Palavra de Deus e não diferentes são as Constituições que
bebem da mesma fonte. E esta pode ser estudada de duas maneiras. Diacrônica,
observando as citações bíblicas e a imagem de Cristo e Maria ou Concêntrico
observando as insistências sobre determinado tema.
Por isso este documento nos
apresenta e mostra nosso trabalho dentro da Igreja, na qual em especial sua
última atualização nos permite a pluralidade, no qual respeita as necessidades
do tempo e local da presença carmelita.
Características das
Constituições: Sendo que coração desse documento mesmo com suas reformas é
viver em obséquio de Jesus Cristo.
1930 – preocupações: vida
contemplativa, observância das normas da Vida Religiosa, vida comunitária com
ênfase ao silencio e a cela, mas contra o individualismo.
1971 – iniciada a revisão em
1965, momento de pluralidade de mentalidade progressistas e conservadores, esta
definiu nosso carisma com os três elementos descrevendo assim nossa Vida
Carmelita.
1983 – Esta com ênfase na
fraternidade, esbarrando com o novo Código do Direito Canônico.
1995 – descreve o Carmelo como
fraternidade contemplativa a serviço do povo. Somos convidados a ser cenáculo
oração, contemplação e serviço sendo ícones da Santíssima Trindade. Traz o
processo formativo e a organização da Ordem e seu governo.
Contemplação é a fonte da vida
espiritual, fraterna e frente do serviço ao povo; Fraternidade inspirada nos
Atos dos Apóstolos abarcando a comunhão, igualdade, responsabilidade conjunta, unidade e participação; Serviço ao
povo de Deus como base da fraternidade maior. Nisto consiste um Carmelo unido
na diversidade vivendo os conselhos evangélicos de obediência na escuta da
Palavra e dos sinais dos tempos diante da comunidade, viver a pobreza, na
simplicidade de vida e na castidade que nos deixa livre para uma total
dedicação ao serviço da Ordem e da Igreja.
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